20.6.06

22.


não há nada que preste mais que a luta vertical.
poema torto, de pulgas.
depuração da metáfora mal feita.
teto.

tento no truco, no troco,
no colo, no suco,
meu paradigma pipoca
para que diga:
- que importa?
se meu verso é minha porta,
se minha poesia é toda torta.

o escuro de lodo, de logo,
de vinte e dois metros de poço.
posso? disposto. deposto e depósito.

meu banho de sol na laje.
bacia de água, vinte e dois graus,
deixa-me queimar.

vim te doirar
vim te dizer.
vim te duvidar.
Atenção! não preste mais, a tensão.

dois versos em traços de madeira quebrada.
ideograma. ideologia.

a resistência é de concreto.
com credo, com tempo, com degrau.
o pensamento dos livros.
os livros todos, as células, meu tanque de carroça.

em caso de revolução, quebre o poema.

 
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